segunda-feira, 26 de abril de 2021

Estratégias argumentativas

 


 

A palavra estratégia tem vários significados e é um conceito que está presente em vários contextos, sendo por isso difícil a sua definição. Em sentido figurado, uma estratégia normalmente é estipulada para ultrapassar algum problema, e nestes casos pode ser sinônimo de habilidade, astúcia ou esperteza.

Estratégia é uma palavra com origem no termo grego strategia, que significa plano, método, manobras ou estratagemas usados para alcançar um objetivo ou resultado específico.

O que são estratégias argumentativas?

 

Os argumentos são ideias lógicas, relacionadas entre si, com o objetivo de esclarecer determinada situação ou dúvida. As estratégias argumentativas são as maneiras como você organizará e apresentará os seus argumentos para chegar a uma conclusão.

Por isso, você pode usar as seguintes estratégias na redação

 

Comprovação: Para que o leitor acredite naquilo que você está argumentando, é preciso que haja comprovação, certo? Então, essa estratégia argumentativa se dá pela apresentação de dados estatísticos, pesquisas e estudos que servem como provas concretas. Ou seja, esses recursos são apresentados para comprovar aquilo que está sendo discutido e defendido por você.

Exemplificação: Quando falamos em usar exemplificação como uma estratégia argumentativa, não estamos nos referindo ao caso que aconteceu com o seu parente ontem, certo? Mas é possível usar exemplos divulgados e muito populares para comprovar o seu argumento e mostrar para o leitor, na prática, que você está dizendo algo válido.

Citação: Outra estratégia argumentativa é citar pessoas consagradas ou conhecedoras que raciocinam de forma parecida com você e tem autoridade para falar sobre aquele tópico. Dessa forma, você pode utilizar exatamente o que ela disse, usando aspas, ou, se não lembrar tudo ao “pé da letra”, fazer menção à essa pessoa relacionando as ideias dela com as suas. 

Causa e Consequência: Essa é uma estratégia argumentativa muito utilizada e consiste na apresentação de fatos que são causa, ou seja, aquilo que motiva, e de fatos que são consequência, aquilo que é ocasionado. As consequências podem ser positivas ou negativas, tudo vai depender do seu projeto de texto e qual tese você está defendendo.

Contraste: Já nesse caso, a estratégia argumentativa pode ser arquitetada a partir da oposição entre dois lados de um mesmo fato. Nessa construção, normalmente, se apresenta o lado prosaico e o lado contrário, fazendo uma comparação entre eles. Com esse recurso, você mostra que conhece bem o assunto e reconhece aquilo que gera.

Alusão histórica: Por fim, outra estratégia argumentativa muito boa para comprovar os seus argumentos é a alusão histórica. Através dela, você aborda fatos históricos muito conhecidos e pode também mostrar a consequência desses acontecimentos para o assunto abordado. 

 

Como melhorar a argumentação na redação?

 

Uma boa argumentação é importante porque você deve demonstrar na redação a capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Direcionar a sua produção textual por meio de causas, consequências e explicações, por exemplo, são formas de defender a tese e, principalmente, convencer o leitor de que ela é válida:

1. Use dados

2. Faça referência a situações conhecidas

3. Selecione argumentos mais fortes: Dentre as opções de explicação dos argumentos que você tem, procure escolher aquela que for mais impactante.

Obs.: a regra é sempre questionar ao máximo se todo o seu argumento é autoexplicativo no texto. Assim, não haverá brechas para que o preceptor veja falhas na sua argumentação.

 

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa



SITZ IM LEBEN

 

Leben em alemão significa “vida”, e Sitz “assento”. O Sitz im Leben de um texto é o seu “registro fundamental”, isto é, “sua situação vital”. O termo se originou com o teólogo protestante alemão Hermann Gunkel. Na sua forma mais simples, descreve o que foram escritas em algumas passagens da literatura bíblica no que seria o” gênero literário” da Sagrada Escritura. Simples exemplos de Sitz im Leben incluem a classificação de material em letras, poemas de lamento, parábolas, salmos e músicas. No entanto, Sitz im Leben também pode incluir muitas outras considerações, quem foi o narrador de uma passagem, seu papel na vida, a natureza de sua audiência, e assim por diante. Quando tirado do seu contexto original, o significado original de uma passagem é muitas vezes perdido

Atualmente o termo é usado na pesquisa literária, quando é necessário examinar um texto em seus aspectos sociologicamente relevantes. O propósito final do estudo da linguagem, do contexto e da cultura de um escrito pode determinar e reconstruir a “Sitz im Leben”, seu “registro essencial”, a situação vital de baixo da qual o texto foi produzido e a qual se refere.

Sitz im Leben a “trama linguística ou contexto cultural” que envolve um texto. Quando estamos lendo um texto estamos lendo sua linguagem, seu contexto, sua cultura. Tudo é como uma trama linguística, contextual, cultural. Nenhum texto, por mais amplo e abrangente que seja, cobre todo o espectro possível da trama cultural de sua época. Ele toca somente aspectos determinados da cultura, aspectos muito particulares que foram privilegiados pelo escritor. Haverá sempre aspectos culturais que estarão ocultos, outros, entretanto que serão revelados. De modo que quando estudamos um texto não estudamos necessariamente toda a trama cultural possível de sua época, mas sim aqueles aspectos da cultura que foram tocados ou referidos pelo autor. 

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

 

quarta-feira, 21 de abril de 2021

A cronologia e o ritmo da narrativa

 


 

O poeta
            O tempo da narrativa: quando uma narração é organizada no passado, considera-se que os fatos narrados são anteriores ao momento em que o narrador conta a história. Quando a narração é feita no presente, os fatos parecem se desenvolver no momento mesmo em que são ditos ou escritos.

 

A sequência dos fatos

 

            Na narração, a sequência dos fatos pode obedecer a três formas de narrar:

1.    A ordem cronológica: os fatos são contados de acordo com a sequência em que se passam, dando ao leitor a impressão de linearidade. Alguns tempos verbais, como o pretérito perfeito simples do indicativo, e determinadas expressões de tempo funcionam como índices temporais (indicam tempo) e ajudam a construir a cronologia. As principais expressões são as que indicam :a sucessão de fatos e a duração dos fatos.

2.    Os retornos temporais: as vezes, o narrador sente necessidade de interromper a sucessão dos fatos para contar algo que aconteceu antes. Nesse caso, ele usa o pretérito mais-que-perfeito e expressões temporais que indicam esses retornos.

3.    As antecipações: quando o narrador quer antecipar algum fato, relatando eventos posteriores à ordem cronológica adotada, ele emprega o futuro.

O ritmo

           

Conforme o efeito de sentido que pretenda imprimir à sua narrativa, o narrador pode:

1.    Fazer os eventos e a narrativa avançaram na mesma velocidade – isso ocorre, principalmente, quando o narrador reproduz, no discurso direto, as falas das personagens.

2.    Acelerar os fatos: isso nos momentos em que o narrador resume os fatos ou relata, no discurso indireto, as falas das personagens. Observação: numa narrativa de ficção, o narrador costuma empregar o discurso direto e/ou indireto para organizar seu relato ou reproduzir a fala das personagens.

3.    Retardar os fatos: se o narrador descrever minuciosamente algum fato ou ação, o tempo ficará como que “suspenso”. Numa narrativa, o pretérito imperfeito do indicativo é o tempo verbal que melhor expressa a desaceleração dos fatos. Também ocorre um retardamento quando o narrador altera o tempo da narrativa do pretérito para o presente, pois ocorre uma pausa na sequência dos fatos. É como se, numa fotografia, houvesse uma aproximação da lente, focalizando melhor, com mais clareza, a iconografia.

4.    Omitir fatos:  como não é possível nem aconselhável detalhar e exprimir todas ações e todos os fatos, já que isso tornaria a narrativa cansativa, o narrador precisa escolher o que vale a pena narrar. Essas escolhas podem ser percebidas por meio de marcas que indicam a duração.

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

 


AS NARRATIVAS DE FICÇÃO





Literatura é ficção. Utilizando palavras, o autor ou autora cria mundos imaginários, situações imaginárias, personagens imaginários, que podem ou não manter relação com o mundo de verdade. Você sabia que na literatura há fatos que acontecem de verdade e outros não? Mas também há coisas que são criadas pela a imaginação do autor (narrativa de ficção). São histórias inventadas, que podem ou não se basear na realidade do nosso dia a dia. Muitas vezes, as histórias ficcionais revelam-se bastante parecidas com fatos reais do nosso cotidiano: coisas que vivemos ou presenciamos.

Encontramos narrativas de ficção em vários formatos: nos contos, nos romances, nas novelas e telenovelas, em quadrinhos, filmes e teatro. Na real são histórias que de fato não aconteceram mas que poderiam ter acontecido ou pelo menos, poderia acontecer um dia. São histórias irreais, porém com muitas possiblidades de um dia advir. 

O autor ou a autora de uma história de ficção pode inventar à vontade, produzindo o que a imaginação dele ou dela for capaz de criar. Ele ou ela tem o direito de criar fatos e personagens, sem qualquer compromisso de prender-se à realidade concreta: pode idealizar lugares, objetos, falas, situações, etc.... Numa narrativa de ficção, o único compromisso do autor ou autora é com a verossimilhança (lógica interna da obra). A aceitação da ficção acontece porque existe um “acordo” silencioso entre autor (a) e leitor (a).

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa


 

terça-feira, 20 de abril de 2021

As características do gênero conto.

 

     Há várias modalidades de contos: contos de terror e mistério, contos de fadas, contos maravilhosos, contos de aventura, contos policiais, etc. A característica mais marcante de um conto é sua brevidade: trata-se de uma narrativa curta, em que as ações evoluem a partir de um único motivo. Sendo um gênero caracterizado pelo modo de organização da narrativa, o conto tem narrador (quem conta a história), personagens, e as ações que ocorrem se passam em determinado tempo e em determinado lugar (espaço). Às vezes, tempo e espaço podem não estar claramente definidos no conto. Quanto ao narrador, os contos permitem diversas possibilidades. Outra característica do conto é o número de personagens: há poucas personagens, e todas elas envolvem-se nas mesmas ações, desencadeadas pelo único motivo da história.
    Nos contos a progressão das ações e o desfecho da história ocorrem de maneira linear: há uma situação inicial, em que as personagens são apresentadas; nessa situação, ocorre o motivo, que faz a personagem principal estabelecer um objetivo. Mas nem sempre é assim. Muitas vezes a narrativa não é linear, o motivo é revelado no meio do conto, enfim, há muitos arranjos possíveis. Quando o conflito chega a um ponto máximo, o conto atinge seu climax: a partir daí, não há qualquer outra ação que complique mais as situações. 
Prof. Natanael Borges
Especialista em Literatura e Língua Portuguesa 
    
    

Na literatura temos os protagonistas e antagonistas.


     Na literatura uma personagem é considerada a principal de uma narrativa (organizada em conto, filme, telenovela, peça de teatro, etc.), quando é a responsável pela progressão dos fatos da história: é com ela que se passam as ações que fazem avançar a narrativa.

       Classifica-se a personagem principal como protagonista quando suas ações levam à solução dos problemas. Secundárias são as personagens que gravitam em torno da personagem principal, ajudando-a a realizar seus objetivos. Já as personagens que atrapalham o desenvolvimento das ações ou impedem que a protagonista concretize seus objetivos é denominados de antagonistas

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

O assunto e a delimitação do tema na literatura

     Na literatura costuma-se chamar de assunto aquilo de que trata um texto. No caso de um texto narrativo, o assunto é a história contada, as ações principais que se desenrolam ao longo da narrativa. O assunto tem carácter concreto, pode ser obtido a partir de um resumo do texto. Já o tema é a ideia principal que o texto pretende provar ou desenvolver; tem carácter abstrato

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Infográfico


    É um gênero textual que se caracteriza por apresentar informações ou explicações combinando texto verbal e texto não verbal (ilustrações, gráficos, diagramas, mapas e fotos). É predominantemente expositivo, mas pode apresentar características narrativas e até argumentativas. Pode ser produzido para ser apresentado isoladamente ou acompanhar uma notícia, uma reportagem ou um texto didático. O infográfico é usado, em geral, quando se deseja mostrar as etapas de um processo, o funcionamento de alguma coisa, a ligação entre os fatos abordados em uma notícia ou reportagem. Para alguns especialistas, o jornalismo e o infográfico estão tão ligados que o infográfico pode ser considerado um descendente da notícia.

Informational graphics

            É um termo empregado para fazer referência a um gênero textual que combina texto verbal e texto não verbal. Um dos primeiros infográficos foi publicado no século XIX para mostrar as etapas de um assassinato. Mas a infografia ganhou  força mesmo a partir de década 1980, com o lançamento do jornal USA today, que, usando cores e infográficos, surpreendeu os leitores. A partir dessa época, passou a ser cada vez mais frequente o uso de infográficos em jornais e revistas impressos. Nas publicações digitais, eles ganharam e ficaram mais complexos em sua elaboração.

Prof. Natanael Borges
Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

domingo, 18 de abril de 2021

Conto de Ficção e a construção do suspense e sua verossimilhança

 

    As histórias de ficção científica existem, pelo menos, desde o século XIX. H. G. Wells, Arthur C. Clarke e Isaac Asimov, são um dos precursores desse gênero. Esse e outros autores, construíram uma relação lógica entre os elementos que compõem uma obra de ficção científica. Por exemplo, quando o autor narra que uma das personagens pode voar porque essa capacidade é coerente com as condições espaciais criadas numa narrativa para que essa ideia pareça verdadeira (construção da verossimilhança).

    Para construir a verossimilhança em narrativa de ficção científica, é necessário considerar:

  1. O cenário e as relações espaço-tempo: esses elementos devem respeitar os principios da física, ou não serão convincentes;
  2. A convivência entre futuro e passado: a ideia do futuro sempre convive com elementos do passado, pois desse modo o leitor reconhece características de seu mundo ao lado de aspectos e situações que extrapolam esse mundo;
  3. As previsões quanto aos avanços científicos ou tecnológicos: elas devem ser coerentes com as expectativas em relação aos recursos tecnológicos do presente.

    O suspense (pendurado, interrompido, dúvidas) é um recurso que pode ser usado na ficção científica para prender a atenção do leitor numa narrativa. O suspense não é o terror, é a expectativa construída por pequenas pistas, um detalhe de cenário ou uma fala, que vão aos poucos instigando a imaginação e criando, na mente do leitor, as mais inusitadas possibilidades de desfecho.

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

Contos de Ficção Científica

   Os contos de ficção científica caracterizam-se por apresentar histórias que ocorrem geralmente no futuro e são marcadas pelo alto desenvolvimento tecnológico. A ficção científica é caracterizada por cenários e recursos tecnológicos ainda inexistentes no momento da criação da obra, mas virtualmente possíveis. São naves espaciais que atingem velocidades incríveis, viagens no tempo, contato com seres alienígenas. 

        Uma das características da ficção científica  é tratar dos avanços  da ciência que assustam e preocupam a humanidade, indicando que os seres humanos podem se sentir isolados e privados de uma existência mais humanizada (é uma proposta de reflexão - ação - crítica  a respeito do presente e como será o nosso futuro), ou seja, como será o nosso convívio com a inteligência artificial e robótica....(?).

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa  

            

Narrativa de Memória.

     O romance é a narrativa geralmente longa e complexa na qual costumam estar presentes mais um conflito, várias personagens, mais de cenário. O romance pode ser histórico, de aventura, etc., dependendo da intenção de quem o escreve e da natureza dos acontecimentos narrados.

        Quando uma história vivida pelo narrador e guardada em sua memória é contada, temos uma narrativa de memória. A narrativa de memória é caracterizada pelo emprego de verbos no passado e por ter um narrador que é personagem, ou seja, que faz a narrativa em primeira pessoa.

        Na narrativa de memória há muitas sequências com a descrição física, de comportamento e de personalidade das personagens. O cenário e a ação das personagens descritos detalhadamente também são fundamentais para entender as características das personagens e do ambiente em que ocorre a ação.

    Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

sábado, 17 de abril de 2021

Miniconto

 

Miniconto é um gênero narrativo caracterizado pela curta extensão e pelo registro apenas do essencial, o que exige maior participação do leitor para compreender o que está implícito no texto. Pode ser publicado em meio impresso ou digital.

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

Conto é um gênero narrativo

     Conto é um gênero narrativo que, em geral, apresenta poucas personagens e um único conflito, desenvolvido e resolvido em espaço e tempo definidos. Pode ser publicado em livros ou em revistas que podem ser impressos ou digitais. No conto podemos utilizar o discurso direto (é aquele em que a fala da personagem é transcrita sem a intervenção do narrador e sinalizada pelo uso do travessão ou das aspas.) ou o discurso indireto (é aquele em que o narrador é quem conta o que disse a personagem).

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

Conto

     Conto é um gênero narrativo por meio do qual é contada uma história de ficção. Já o conto fantástico, além de apresentar as características (apresentar um único conflito e por ter un número reduzido de personagens e o tempo e o espaço serem restritos) de um conto, traz elementos sobrenaturais.

    No conto o foco narrativo é o ponto de vista do narrador, a perspectiva a partir da qual ele (o narrador) conta a história. O narrador em terceira pessoa (narrador-observador) não toma parte dos acontecimentos, apenas os observa. O narrador em primeira pessoa (narrador-protagonista). Ele também pode ser testemunha ou personagem secundária (narrador-testemunha).

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

O texto literário tem como característica o cuidado com a língua.

     O texto literário não reproduz a realidade. Será? Por que o texto literário tem como característica o cuidado com a língua? Para a literatura tudo é importante, tudo é expressão, não apenas o que se diz ou fala ou escreve, mas como se diz, fala e escreve (expressões artísticas). Todas essas formas de pensar, escrever e dizer completam a hermenéutica da literatura. 

    É por isso que existe inúmeros gêneros textuais, para os gregos, os gêneros literários são três: o narrativo ou épico, o dramático e o lírico. Na atualidade, nenhuma obra é melhor ou pior que outra por ela pertencer a certo gênero. Nenhuma obra literária pertence a um único gênero: apresenta um enredo com um narrador contando a história expondo sentimentos e suas questões existenciais.

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Língua, linguagens e variedades lingüísticas.

  

    Os falantes de uma língua nem sempre se expressam do mesmo modo. As diferenças ocorrem pelos mais diversos fatores: a região de origem do falante, a faixa etária, o grau de escolaridade, a classe ou grupo social a que ele pertence. 

    Essas diferenças são chamadas de variedade linguísticas (linguagem descontraída, menos formal e linguagem com maior grau de formalidade: utilizada no trabalho e nas comunicações orais ou escritas). As variedades linguísticas e os níveis de linguagem sempre se adaptam às diferentes situações e finalidades da comunicação.

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

A língua é uma linguagem.

     Hoje vamos falar sobre linguagem. A linguagem na verdade é um conjunto de meios e processos que possibilitam aos seres vivos interagir e comunicar-se. Sabemos que há vários tipos de linguagem, e no seu dia você se comunica com as pessoas por meio dessas diferentes linguagens (linguagem não verbal, linguagem verbal, linguagem gestual, linguagem digital e linguagem artística), mesmo que nem sempre perceba isso.

        A língua é uma linguagem. Devido à sua importância na comunicação humana, ela acaba sendo a linguagem empregada em grandes parte das comunicações entre seres humanos, e até nos ajuda a compreender outras. Sera? Porque algumas linguagens são mistas ou compósitas, ou seja, constituem-se a partir de outras linguagens.

        Vale apena salientar que uma característica da linguagens  é que todas elas precisam de meios materias para serem transmitidas. Ou seja, a língua necessita de sons ou símbolos visuais para veicular sentidos: infográficos, a sétima arte (cinema) e a música. 


Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa

quinta-feira, 15 de abril de 2021

"Arte de escrever bem"


A palavra literatura tem sua origem na cultura grega: "grammatikee". A cultura romana traduziu como "litteris" ou seja, letras. Para os grecos-romanos, a literatura é a arte de instruir saberes e habilidades que se expressam através da leitura e da boa escrita, a partir do dominio da gramática, da retórica e da poética. 

Para alguns autores e críticos literários, a literatura é uma arte que expressa os anseios e desejos que marcam a condição humano. Toda literatura é fruto de um contexto social, pois a mesma tem um papel importante que é denunciar e anunciar as questões existenciais de uma determinada sociedade.

Prof. Natanael Borges

Especialista em Literatura e Língua Portuguesa.

Língua ou linguagem?

Como será o Novo Ensino Médio?

O novo Ensino Médio estabelece uma reforma na matriz curricular dos alunos nos três anos desta etapa escolar. A Lei nº 13.415/20...