Narrador é o nome que tradicionalmente se dá
ao enunciador de um texto narrativo.
Nos estudos da literatura, você ouvirá muito falar em narrador, porque boa
parte dos escritos literários é feita em gêneros narrativos, como a novela, o
conto, a epopeia. Porém, procure estar atento ao fato de que o autor não se confunde com o enunciador.
Em textos como os relatos de viagem e os diários, existe um eu que se
projeta no texto. Esse eu, que podemos detectar claramente pelas formas verbais
de primeira pessoa ou pelo emprego de pronomes como eu, me, meu/minha, entre outros, é uma entidade que, nos estudos de
linguagem, costuma ser chamada de enunciador.
Ao se projetar nos textos, o enunciador deixa marcas. Os pronomes e as
formas verbais são algumas dessas marcas. Mas também o são formas de modalização,
o uso dos adjetivos para caracterizar, entre outras.... Essas marcas, que
permitem que o leitor de um texto identifique o enunciador, são chamadas de marcas de subjetividade. Assim, um
texto será tanto mais subjetivo quanto mais marcas de subjetividades ele
contiver.
Alguns gêneros, como o relato de viagem, as cartas pessoais, a poesia lírica,
os depoimentos e os testemunhos, entre muitos outros, têm como características
a subjetividade e a projeção clara do enunciador. Outros textos, em que não se
pode detectar claramente as marcas do enunciador, são ditos objetivos. Pouco a
pouco, sempre que isso for importante para você compreenda os textos que lê ou para que saiba produzir textos em
diferentes gêneros, chamaremos atenção para a objetividade ou subjetividade dos
textos que a nossa rica e vasta literatura nos brinda.
Professor Natanael Borges
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
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