A terra a que
os portugueses chegaram, habitada por indígenas, dotada de uma natureza
assustadoramente exuberante para os estrangeiros, foi assunto para os cronistas
europeus que para cá se dirigiram no século XVI e que buscavam entender o “novo
mundo” e relatar suas características físicas, étnicas e culturais para os
europeus: Por causa da curiosidade que as terras descobertas despertaram
durante o período das navegações dos séculos XV e XVI, os relatos de viagens
tornaram-se moda entre o público leitor europeu. A literatura de informação
sobre o Brasil relaciona-se com esse interesse do leitor por terras distantes.
Os textos
escritos e lidos naquele período fazem parte da chamada literatura dos viajantes ou literatura
de informação sobre o Brasil colonial, que despertava mais interesse
documental que literário, propriamente dito, uma vez que não tratava de fatos
ficcionais, e sim de relatos verídicos. Essa literatura não circulou no Brasil
na época de sua produção. Trata-se, portanto, de textos escritos por e para
estrangeiros. Abordava, consequentemente, de documentos sobre o Brasil,
destinados ao público europeu. Boa parte desses apontamentos não foi escrita em
português ou por portugueses, e sim por viajantes de várias nações europeias.
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