Na história da literatura portuguesa, a primeira manifestação em forma de versos foram as cantigas, ou seja, textos escritos para serem cantados, muito semelhantes às canções populares de hoje. Dessas cantigas, poucas chegaram até nós com sua partitura: seis de Martim Codax e sete de Dom Dinis, rei de Portugal e um dos principais trovadores de seu tempo. Das demais temos apenas o texto verbal, isto é, as letras de música. O melhor da poesia medieval foi concebido para o canto, ou seja, são canções, que hoje lemos como poemas. O início desse período literário deu-se no final do século XII.
As cantigas inauguraram, em Portugal, a literatura feita em versos. Classificadas em cantigas de amor, cantigas de amigo e cantigas satíricas, foram a manifestação mais importante do período literário conhecido com Trovadorismo (o trovador profissional, geralmente um fidalgo arruinado). O público dessas cantigas, em geral, era formado por nobres.
A relação das literaturas de língua portuguesa com a música é profunda. Os textos mais antigos da literatura portuguesa são as chamadas cantigas trovadorescas. Composta por volta do século XII, durante muito tempo representaram as formas poéticas mais difundidas em Portugal. Uma das mais antigas delas é conhecida como Cantiga da Ribeirinha. A partitura da cantiga se perdeu, de forma que temos apenas a letra. A cantiga foi composta por Paio Soares de Taveirós, dedicada à Ribeirinha, apelido de dona Maria Pis Ribeiro, amante de um nobre da época.
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