Literatura & Gramática Textual
A Literatura é a arte da palavra.
sábado, 7 de agosto de 2021
Como será o Novo Ensino Médio?
terça-feira, 29 de junho de 2021
segunda-feira, 21 de junho de 2021
O ENUNCIADOR E A EXPRESSÃO DA SUBJETIVIDADE
Narrador é o nome que tradicionalmente se dá
ao enunciador de um texto narrativo.
Nos estudos da literatura, você ouvirá muito falar em narrador, porque boa
parte dos escritos literários é feita em gêneros narrativos, como a novela, o
conto, a epopeia. Porém, procure estar atento ao fato de que o autor não se confunde com o enunciador.
Em textos como os relatos de viagem e os diários, existe um eu que se
projeta no texto. Esse eu, que podemos detectar claramente pelas formas verbais
de primeira pessoa ou pelo emprego de pronomes como eu, me, meu/minha, entre outros, é uma entidade que, nos estudos de
linguagem, costuma ser chamada de enunciador.
Ao se projetar nos textos, o enunciador deixa marcas. Os pronomes e as
formas verbais são algumas dessas marcas. Mas também o são formas de modalização,
o uso dos adjetivos para caracterizar, entre outras.... Essas marcas, que
permitem que o leitor de um texto identifique o enunciador, são chamadas de marcas de subjetividade. Assim, um
texto será tanto mais subjetivo quanto mais marcas de subjetividades ele
contiver.
Alguns gêneros, como o relato de viagem, as cartas pessoais, a poesia lírica,
os depoimentos e os testemunhos, entre muitos outros, têm como características
a subjetividade e a projeção clara do enunciador. Outros textos, em que não se
pode detectar claramente as marcas do enunciador, são ditos objetivos. Pouco a
pouco, sempre que isso for importante para você compreenda os textos que lê ou para que saiba produzir textos em
diferentes gêneros, chamaremos atenção para a objetividade ou subjetividade dos
textos que a nossa rica e vasta literatura nos brinda.
Professor Natanael Borges
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
domingo, 20 de junho de 2021
quinta-feira, 10 de junho de 2021
LITERATURA DE INFORMAÇÃO
A terra a que
os portugueses chegaram, habitada por indígenas, dotada de uma natureza
assustadoramente exuberante para os estrangeiros, foi assunto para os cronistas
europeus que para cá se dirigiram no século XVI e que buscavam entender o “novo
mundo” e relatar suas características físicas, étnicas e culturais para os
europeus: Por causa da curiosidade que as terras descobertas despertaram
durante o período das navegações dos séculos XV e XVI, os relatos de viagens
tornaram-se moda entre o público leitor europeu. A literatura de informação
sobre o Brasil relaciona-se com esse interesse do leitor por terras distantes.
Os textos
escritos e lidos naquele período fazem parte da chamada literatura dos viajantes ou literatura
de informação sobre o Brasil colonial, que despertava mais interesse
documental que literário, propriamente dito, uma vez que não tratava de fatos
ficcionais, e sim de relatos verídicos. Essa literatura não circulou no Brasil
na época de sua produção. Trata-se, portanto, de textos escritos por e para
estrangeiros. Abordava, consequentemente, de documentos sobre o Brasil,
destinados ao público europeu. Boa parte desses apontamentos não foi escrita em
português ou por portugueses, e sim por viajantes de várias nações europeias.
O QUE É GÊNERO TEXTUAL?
No cotidiano, é comum
percebermos a utilização de diferentes textos escritos ou orais para a
comunicação das ideias. Há textos que visam à emissão de opiniões, narram fatos
reais ou fictícios, como também pretendem persuadir as pessoas, transmitir informações,
instruções, e ainda há vários com outros objetivos, todos bem definidos.
- Em meio a essas
variedades, como identificar a que gênero cada texto pertence?
Os textos apresentam
características diferentes, tendo em vista o objetivo da comunicação. Se a
finalidade do texto é o relato de acontecimentos, reais ou fictícios, o locutor
segue a estrutura de um texto narrativo.
Essa estrutura apresenta um narrador, o(s) fato (s), os personagens, o momento
e o lugar em que a história se passou. Quando a intenção é apresentar um
cenário, um objeto ou ser vivo, usa-se o texto
descritivo. Marcado pelo uso de adjetivos
e verbos de estado (ser, estar, ficar,
parecer, etc.), esse tipo de texto é frequentemente encontrado dentro de
narrações.
Caso o objetivo seja a
transmissão de opiniões ou de um ponto de vista pessoal sobre determinado
assunto, faz-se o uso de argumentos com a intenção de convencer o interlocutor
e, nesse caso, temos o texto
dissertativo-argumentativo. Se a finalidade é levar o receptor a agir de
determinada maneira – adquirir um produto, receber cuidados com o seu bem-estar,
montar um aparelho da maneira correta, etc.-, o locutor utiliza uma linguagem
persuasiva, marcada por verbos no imperativo. Temos, então, o texto persuasivo ou texto injuntivo, isto é, aquele que injunge, ordena ao interlocutor. Já a linguagem
do texto poético visa à comunicação
de sentimentos, capazes de sensibilizar o interlocutor. Por fim, uma última
estrutura possível seria o texto
dialogal, em que aparecem claramente as falas de um emissor e de um
receptor.
Esses diferentes tipos de
textos se materializam em inúmeros gêneros
textuais ou discursos. Os textos
do tipo narrativo, por exemplo, podem se concretizar em gêneros tão diversos
como a notícia, o conto, a fábula ou o romance. Cada gênero textual representa
um recurso de comunicação que se estabelece de acordo com o contexto, ou seja,
quem produz o texto, para quem o texto é criado, com que objetivo, em que
momento e ainda outros critérios.
Há gêneros textuais que
circulam na mídia e são considerados informativos, como a notícia, o artigo, a
reportagem e a entrevista; há aqueles que constituem gêneros do cotidiano, como
o cartão-postal e o blog, entre outros. Então, o gênero textual é um conceito
geral que engloba textos com características comuns em relação à linguagem, ao
conteúdo e à estrutura, utilizando em determinadas situações comunicacionais,
orais ou escritas.
Prof. Natanael Borges
Especialista em Literatura e Língua Portuguesa
sexta-feira, 4 de junho de 2021
As cantigas trovadorescas medievais.
Na história da literatura portuguesa, a primeira manifestação em forma de versos foram as cantigas, ou seja, textos escritos para serem cantados, muito semelhantes às canções populares de hoje. Dessas cantigas, poucas chegaram até nós com sua partitura: seis de Martim Codax e sete de Dom Dinis, rei de Portugal e um dos principais trovadores de seu tempo. Das demais temos apenas o texto verbal, isto é, as letras de música. O melhor da poesia medieval foi concebido para o canto, ou seja, são canções, que hoje lemos como poemas. O início desse período literário deu-se no final do século XII.
As cantigas inauguraram, em Portugal, a literatura feita em versos. Classificadas em cantigas de amor, cantigas de amigo e cantigas satíricas, foram a manifestação mais importante do período literário conhecido com Trovadorismo (o trovador profissional, geralmente um fidalgo arruinado). O público dessas cantigas, em geral, era formado por nobres.
A relação das literaturas de língua portuguesa com a música é profunda. Os textos mais antigos da literatura portuguesa são as chamadas cantigas trovadorescas. Composta por volta do século XII, durante muito tempo representaram as formas poéticas mais difundidas em Portugal. Uma das mais antigas delas é conhecida como Cantiga da Ribeirinha. A partitura da cantiga se perdeu, de forma que temos apenas a letra. A cantiga foi composta por Paio Soares de Taveirós, dedicada à Ribeirinha, apelido de dona Maria Pis Ribeiro, amante de um nobre da época.
A poesia e as canções.
CONOTAÇÃO
Chamamos de conotação a propriedade semântica das palavras que permite que elas assumam sentidos especiais em certos contextos, diferentes do significado com em geral são empregadas. O sentido conotativo depende do contexto, porque se forma a partir das relações de sentido que as palavras estabelecem umas com as outras quando as usarmos em um texto.
Prof. Natanael BorgesEspecialista em literatura e língua portuguesa
quinta-feira, 3 de junho de 2021
Gramática textual: A nominalização
O processo por meio do qual é possível "transformar" palavras de outras classes em substantivo é chamado de nominalização. Esse processo permite enriquecer as descrições tornando-as mais precisas. Quando se pretende retomar e resumir informações na língua escrita, a nominalização é um recurso muito útil.
O processo por meio do qual é possível "transformar" palavras de outras classes em substantivo é chamado de nominalização. Esse processo permite enriquecer as descrições tornando-as mais precisas. Quando se pretende retomar e resumir informações na língua escrita, a nominalização é um recurso muito útil.
Narrativa histórica
A narrativa histórica (nessas narrativas há uma abundante descrição, o enunciador procura apresentar um fato histórico, descrevendo situações ou fatos ocorridos) difere da narrativa ficcional (a única obrigação do autor de ficção é ser verossímil) porque apresenta relatos de acontecimentos reais, que pertencem ao processo histórico. O autor de uma narrativa literária (um conto, uma novela, um romance) produz uma história que nasceu em sua imaginação. Já a narrativa histórica não podem, a rigor, ser consideradas literatura, pois falta a elas o caráter ficcional, ou seja, não foram inventadas pelo escritor.
O autor da narrativa histórica é obrigado a recorrer a fontes, a documentos que comprovem aquilo que narra. Não lhe é permitido inventar personagens, enredos ou cenários. Mas o processo histórico, os acontecimentos históricos, as pessoas que viveram determinados acontecimentos podem servir de inspiração para o escritor de narrativas literárias. Esse universo narrado por um escritor baseia-se no mesmo universo que o historiador descreve e analisa em suas narrativas históricas. Entretanto, na literatura predominará sempre a liberdade do autor.
Professor Natanael BorgesEspecialista em literatura e língua portuguesa
Língua ou linguagem?
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